Qual a pergunta mais comum feita a uma pessoa que tem ou teve câncer? Se pensou: “Como você está?”, acertou. Mas, se essa pergunta vem acompanhada de pena ou dó pode ocasionar em um certo constrangimento que por consequência não ajudará a pessoa que está passando por este período delicado.
“Muitas vezes o que elas mais precisam é alguém que esteja disponível na presença delas, mas sem a necessidade de consolá-las.”, esclarece a psicóloga e professora de Mindfulness, Viviam Vargas de Barros.
Um diagnóstico de câncer pode ainda dar um nó – literalmente- na língua de amigos e familiares ou levá-los a fazer comentários inapropriados, apesar de bem-intencionados. Algumas pessoas que não sabem o que dizer simplesmente evitam o paciente de câncer por completo, um ato que pode ser mais doloroso do que falar ou fazer algo errado.
Por isso, durante essa última semana do Mês do Outubro Rosa, a Action 360° ouve especialistas das mais diversas áreas para orientar pacientes e familiares sobre como se relacionar com pessoas que estão tratando algum tipo de câncer. “Temos que ser uma companhia agradável e útil, sem ter o olhar de dó.”, conta Viviam.
É que pacientes oncológicos estão expostos diariamente a desafios e emoções complexas: diante disto, a autocompaixão oferece ferramentas poderosas. Viviam explica que o “Ao focar nossa atenção, a gente começa a perceber como nos relacionamos com as dores, sensações e ver como nossos pensamentos têm um impacto no nosso corpo, bem como atender às nossas necessidades.”
É preciso criar uma consciência para ouvir as necessidades, compreender os próprios limites e permitir-se vivenciar as dores e as alegrias, com uma postura honesta a respeito de si próprio. Estudos realizados ao redor do mundo atestaram o poder deste comportamento na redução de depressão e estresse.
Praticar a compaixão é uma maneira de empoderar-se. Estar conectado consigo, ciente de sua condição e do que é necessário para seguir adiante é um importante elemento do processo e algo realmente transformador.
Dicas para praticar Mindfulness
Deite-se ou fique sentada de forma confortável.
Concentre-se em uma coisa, por exemplo, a respiração.
Preste atenção em como ela flui para dentro e para fora do seu corpo.
Sinta a sensação no nariz, no peito e no abdômen.
Depois, perceba o que está acontecendo ao redor. Algum barulho ou cheiro? Apenas observe e sinta.
Tome seu tempo para se conectar com o que está acontecendo dentro do seu corpo e fora nesse momento.
Aceite o que você sente, percebe e observa, e não julgue.
Com a concentração que você alcançou, você se sentirá mais calmo e energizado.
Se você está sentindo alguma dor ou desconforto, converse com seu médico. Ele poderá te orientar e indicar o que você pode fazer para se sentir melhor.
Para mais informações acesse: @viviamvbarros @cpmindfulness