Dormir após o almoço não é sinônimo de preguiça ou falta do que fazer, mas sim uma recomendação médica capaz de melhorar o desempenho nas atividades durante os períodos vespertino e noturno e, consequentemente, trazer mais saúde.

Uma boa “soneca”, aliado a uma alimentação saudável faz o corpo relaxar, recuperar o ânimo e disposição, o que nos deixa mais criativos e produtivos, reforça o sistema imunológico e ainda pode reverter o impacto hormonal de uma noite de sono ruim, agravados pela falta de nutrientes que geram insônia.

De acordo com pesquisas, dormir de 10 a 40 minutos depois da refeição revigora o cérebro, dá mais energia e capacidade de concentração, entre diversos outros benefícios. Não é à toa que a hora da “sesta” (ou siesta) é tradição em vários países, principalmente os de climas mais quentes, como Espanha e México.

Uma pesquisa feita pela NASA em pilotos comprovou que quem tirava aproximadamente 20 minutos para cochilar em voos longos, tinha aumento de 34% na performance e 54% no estado de alerta em comparação com quem não praticava a siesta. Outro estudo, conduzido pela Escola de Medicina de Harvard, na Grécia, com 23.000 adultos, concluiu que pessoas que dormiam no meio da tarde tinham 30% a menos de chance de ter doenças coronárias.

Aproveite o cochilo

Para aproveitar melhor os benefícios do cochilo à tarde, o tempo de descanso não pode passar de 40 minutos. O ciclo do sono é composto por cinco estágios, a partir dos 45 minutos entramos na terceira fase e a atividade neuronal é bem reduzida, então acordar nesse momento pode causar ainda mais cansaço, sonolência e estresse.

Mas atenção: o cochilo pode combater os efeitos da restrição de sono, ajudando os sistemas imunes e neuroendócrinos a se recuperarem, mas o excesso de sono sinaliza que um médico precisa ser consultado, e a ausência mais ainda. 

O sono insuficiente pode causar muito mais do que a queda da produtividade, pode causar acidentes. Pessoas que dormem pouco tem uma probabilidade muito maior de desenvolver doenças crônicas, como obesidade, diabetes, pressão alta e depressão.